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domingo, 16 de março de 2014

Uma 3° Guerra Mundial e o Poder das bombas de Nêutrons


Com a crise na Crimeia, tensão militar entre as duas potências, Rússia e Estados Unidos. Me ocorreu o que aconteceria se o mundo tivesse pela frente uma 3° guerra mundial? Pois bem mesmo não acreditando que esse impasse sobre a Ucrânia possa levar a uma guerra. Mas supondo que possa, quais armas seriam usadas? Então me ocorre na memória uma antiga leitura, sobre arsenal nuclear, e lembrei da "bomba de Nêutrons". Essa arma é conhecida por não causar grandes impactos com sua explosão(na maioria das vezes menor que 1 quiloton), mas extremamente letal pela radiação emitida.

Caso Rússia e Estados Unidos se enfrentem, é bem provável que a Rússia cubra grande parte do território do conflito com blindados, que são bem resistentes as explosões(mesmo as nucleares, depois de certo raio de segurança). Outro impasse para os americanos, seria manchar as mãos de sangue de civis, pois bombas nucleares e termonucleares causam grande estrago num raio bem grande. E como a logística necessária para levar tropas e blindados para aquela região demandaria muitos recursos, como parar a grande frota de blindados russos? Com bombas de radiação aumentada(bomba de nêutrons).

Essas Bombas nesse caso especifico, seria muito apropriada, pois a radiação dela poderia matar os ocupantes dos blindados, não destruir os edifícios, ter um raio de ação menor, e sua radiação durar por pouco tempo.

E no que consiste essa "bomba de Nêutrons"?  

A bomba de nêutrons é a última variante da bomba atômica. Em geral, é um dispositivo termonuclear pequeno, com corpo de níquel ou cromo, onde os nêutrons gerados na reação de fusão intencionalmente não são absorvidos pelo interior da bomba, mas se permite que escapem. As emanações de raios-X e de nêutrons de alta energia são seu principal mecanismo destrutivo. Os nêutrons são mais penetrantes que outros tipos de radiação, de tal forma que muitos materiais de proteção que bloqueiam raios gama são pouco eficientes contra eles. A bomba de nêutrons tem ação destrutiva apenas sobre organismos vivos, mantendo, por exemplo, a estrutura de uma cidade intacta. Isso pode representar uma vantagem militar, visto que existe a possibilidade de se eliminar os inimigos e apoderar-se de seus recursos.



Um problema ao se usar a radiação como uma arma anti-pessoal tática é o fato de não provocar a morte rápida dos indivíduos em seu alcance, uma dose de radiação que é muitas vezes superior ao nível letal é liberada. Uma dose de radiação de 6 Gy é normalmente considerada letal. Matará pelo menos a metade daqueles que são expostos a isto, mas nenhum efeito é notável durante várias horas. Foram desenvolvidas bombas de nêutrons com a capacidade de 80 Gy para aniquilar os alvos depressa. Uma ogiva de combate ER de 1 kt pode fazer isto com a tripulação de um tanque T-72 em um raio de 690 m, comparado a 360 m para uma bomba de fissão Nuclear. Para uma dose de 6 Gy, as distâncias são respectivamente 1.100 m e 700 m, e para soldados desprotegidos as exposições de 6 Gy ocorrem entre 1.350 e 900 metros. O raio letal para bombas de nêutrons táticas excede ao raio letal para as de explosão e calor mesmo para tropas desprotegidas que levam ao provável raciocínio para a ideia que uma bomba de nêutrons destrói somente  a vida e não a infra-estrutura. Se uma bomba de nêutrons for detonada à altitude correta, níveis mortais de radiação cobririam uma larga área com mínimo calor e efeitos de explosão quando comparados a uma bomba.

O fluxo de nêutrons pode induzir grandes quantias de radioatividade secundária de vida-curta no ambiente da região de alto fluxo perto do ponto de detonação. As ligas usadas em armadura de aço podem desenvolver a radioatividade e isso é perigoso durante 24-48 horas. Um tanque exposto a uma bomba de nêutrons de 1 kt a 690 m ( o raio efetivo para a incapacitação imediata da tripulação ) que seja imediatamente ocupado por uma nova tripulação, submeterá esta a uma dose letal de radiação por 24 horas.

Uma desvantagem importante da arma é que nem todos os atingidos falecerão ou se incapacitarão imediatamente. Depois de um breve período de náuseas, muitos daqueles atingidos com aproximadamente 5-50 Sv de radiação experimentarão uma recuperação temporária (oculta ou" fase de fantasma ambulante" 10 ) por dias, até duradouras semanas.

Mas como tudo na guerra há uma esperança para os que são atacados, são as blindagens de radiação, colocando se por exemplo, ligas de plástico com boro se diminuí o raio letal da bomba de nêutrons. Pelo menos para os blindados.

Um avião A-10, também é uma boa pedida contra os tanques russos, com seu poderoso canhão GAU-8 Avenger, com seus incríveis 3900 disparos por minuto, faria um grande estrago.















30mm!!!
Sente só o tamanho da bala dessa gracinha!

Há verdade é, que não existe nenhuma nação que consiga entrar em guerra com EUA, e sobreviver(lembrando dos 11 porta aviões, e que marinha dos americana é maior que a do mundo todo junto!). A realidade é que nem se o mundo todo entrasse em guerra contra os americanos dariam conta, pelo simples fato, que seria uma guerra de auto destruição. Ou seja, os EUA tem a "Mútua Destruição Assegurada" contra o mundo todo.

Cada um destes navios aeródromos possui em torno de 90 aeronaves, entre aviões de diversos tipos (principalmente caças) e helicópteros. É de se observar que este número de aeronaves é maior que a maioria das forças aéreas do mundo. É de se destacar que apenas a marinha estadunidense dispõe de porta-aviões desta capacidade, independentemente de sua quantidade. Esta força de porta-aviões permite ao poder naval estadunidense não apenas situar-se em qualquer ponto dos oceanos e mares, mas também, com o raio de ação de seus aviões somado ao serviço de seus aviões de reabastecimento, atacar praticamente qualquer ponto em terra.

Para saber mais>>Uso progressivo da Força
 Referências:

Scientia, https://sites.google.com/site/scientiaestpotentiaplus/poder-militar-dos-eua


manuelweb, http://www.manuelsweb.com/neutronbomb.htm

http://nuclearweaponarchive.org/Usa/Weapons/Allbombs.html

aboutquímica, http://chemistry.about.com/od/chemistryfaqs/f/neutronbomb.htm

Wikipédia, http://pt.wikipedia.org/wiki/Bomba_de_n%C3%AAutrons

domingo, 9 de março de 2014

Algumas reflexões sobre o câncer do Diabo-da-tasmânia


Câncer é uma doença que atingi muitas espécies, e em determinados casos pode vir a ser uma doença transmissível. Como está a ocorrer desde de 1996 com os famosos Diabos da Tasmânia.
O diabo da Tasmânia é um mamífero marsupial, endêmico da ilha da Tasmânia, Austrália. É o maior marsupial carnívoro existente, após a extinção do tilacino.


No início do século XX o diabo foi visto como incomodo, sendo-lhe atribuído a morte de filhotes de bovinos, sendo então caçado ou envenenado nas fazendas. Em decorrência disto, houve significativa diminuição da população deste animal. Em 1941, a espécie foi oficialmente protegido e seu número começou a aumentar. Até que em 1996 houve um caso de neoplasia transmissível, que se espalhou pela população de diabos.

O tumor que vem se espalhando entre os diabos-da-Tasmânia se originou em um único espécime que o disseminou há 15 anos. Em ambiente externo, as células morrem rapidamente. Assim, as células tumorais podem se transferir de um indivíduo para o outro só se forem injetadas diretamente no corpo do receptor. Essa passagem ocorre facilmente nos diabo-da-tasmânia porque o tumor, que libera células com facilidade, cresce no focinho e é transportado rapidamente a ferimentos, quando os animais contaminados mordem outros durante combates ou disputas sexuais.


Na maioria das espécies, a entrada das células tumorais no corpo receberia uma vigorosa resposta imune, pois a composição genética das células difere das do hospedeiro e sinaliza, assim, a presença de um invasor. Isso não acontece com o diabo-da-tasmânia – cuja maioria é semelhante geneticamente (devido ao efeito fundador, onde os poucos indivíduos que foram para a ilha, não representavam o total do pool genético da espécie). Embora o sistema imune dos animais possa destruir os patógenos, ele ignora as células tumorais, que aumentam rapidamente. Por fim, o câncer mata os hospedeiros, mas muitos vezes após os animais terem passado a doença para outros.

Até o momento se conhece três tipos de neoplasias transmissíveis:

  •          Tumor facial do diabo-da-tasmânia (DFTD), transmitido por mordidas.
  •          Tumor venéreo transmissível canino (TVTC) em cães, transmitido sexualmente.
  •          Sarcoma contagioso reticular do hamster-sírio, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Aprofundando no tumor, as pesquisas desse tumor indicam que ele começa nas células protetoras dos nervos, células de Schwan. A neoplasia inicia-se com pequenas lesões e nódulos dentro e ao redor da boca (lábios e mucosa oral) e rapidamente se desenvolve em grandes tumores na face, pescoço e ombros, disseminando-se por metástase para vários órgãos. Os diabos infectados morrem por septicemia derivada de infecção secundária, inanição ou falência múltipla dos órgãos em 3 a 8 meses após o aparecimento das lesões.


Devido ao tumor fêmeas de diabo, que antes tinha sua idade fértil entre os 2 e 3 anos, agora já se apresentam sexualmente maduras com 1 ano, em decorrência do tumor.

Alguns pesquisadores identificaram um grupo da espécie, que apresenta indícios de ser imune ao tumor. Esta colônia se localiza a noroeste na ilha, e caso seja confirmado, pode ser uma esperança para salvar a espécie. Devendo é claro produzir uma vacina para o resto da espécie, pois salvar só essa colônia, é apagar o fogo com só um balde. Pois devido à baixa variabilidade da espécie, e de extrema importância salvar o maior número de espécimes possível. Para não ficarem vulneráveis a doenças.

Algumas medidas adicionais estão sendo tomadas para salvar os diabos, entre elas é a criação em cativeiro, e o transporte deles para um santuário na Austrália, longe dos possíveis contágios. Tendo como reserva, caso os da ilha se extingam.

Além do câncer o diabo tem que enfrentar espécies invasoras (como a raposa marrom), atropelamentos, e perda de habitat. Tomará que consigamos salvar essa magnifica espécie!


RISCO PARA OS SERES HUMANOS?

Como os seres humanos apresentam grande diversidade genética e podem evitar comportamentos que favoreceriam a transmissão do tumor, parece seguro concluir que a nossa espécie pode facilmente evitar o destino dos diabos-da-tasmânia.

Mas em teoria, o câncer transmissível pode surgir em um grupo de grandes primatas(como chimpanzés, gorilas), com baixa diversidade genética devido ao declínio das populações. Se esses animais forem caçados por populações humanas, com muitos membros com a imunidade baixa, o contato próximo por permitir a transferências de células tumorais para o homem e depois se espalhar. Essas condições se manifestam quando seres humanos com HIV caçam macacos em extinção.



Estamos liberando enormes quantidades de agentes cancerígenos no ambiente e destruindo os hábitats selvagens do mundo, provocando perdas tanto de espécies quanto de diversidade genética. O comércio global e a destruição dos hábitats expõem os seres humanos e a vida selvagem a patógenos que nunca tinham enfrentado antes. Assim, podemos esperar um aumento de novos tipos de câncer em animais selvagens, tanto contagiosos quanto induzidos por vírus e outros patógenos. Não é totalmente inconcebível que esses tumores possam passar para outras espécies- inclusive para os seres humanos.

Referências:
scientific american. n°56,   http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/tentando_salvar_os_diabos-da-tasmania.html
Ciências sem fronteira Austrália, notícias.  http://www.latinoaustralia.com.br/news-australia/Cientistas-descobrem-causa-de-tumor-que-ameaca-diabo-da-Tasmania
Estadão/planeta.  http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,colonia-de-diabo-da-tasmania-se-mostra-imune-a-tipo-de-cancer,522249,0.htm
 Wikipédia, a enciclopédia livrehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Diabo-da-tasm%C3%A2nia