Maresia termo usado para referir o aerossol resultante do
transporte pelo vento das gotículas de água salgada, formadas pela nebulização
da água do mar em resultado da ação do vento sobre a crista das vagas e a
rebentação das ondas.
Em resultado do transporte e dispersão pelo vento das gotas
de água salgada formadas pela rebentação das ondas, ou pelo desfazer das vagas
em situações de tempestade, formam-se gotículas de água do mar, que após
evaporação durante o transporte atingem elevadas concentrações de sais
minerais, particularmente de cloreto de sódio. Como os sais em geral não são
solúveis no ar atmosférico, o transporte destas gotículas pelo vento, e depois
o transporte dos cristais de sal formados pela sua evaporação, constitui o
principal mecanismo de transporte aéreo da sais marinhos.
Corrosão
As partículas de água do mar trazidas com o vento, então em
contato com objetos metálicos que são corroídos. Esse processo é acelerado pela
presença dos íons na água do mar e nos evaporitos, que são micropartículas
presentes no ar que apresentam sais. Esses íons fazem uma ponte salina, o que
possibilita o fenômeno de oxirredução entre o oxigênio do ar e os metais.
Corrosão por cloretos
Os íons Cl trazidos pela maresia, têm a propriedade de
destruir de forma pontual a capa passivadora do ferro, o que provoca uma
corrosão conhecida com o nome de píte.
FeCl2+2H2OàFe(OH)2+2H+2Cl
Os íons Cl, ao penetrarem na película que constitui a
camada de passivação, provocam um aumento na condutividade iônica da película e
ocasiona ataque anódico localizado com formação de pite.
O íons seriam adsorvidos na interface película de
passivação-solução, baixando a energia interfacial, ocorrendo fraturas da
película ou deslocamento da mesma.
No início, a formação do pite é lenta, mas uma vez formado,
há um processo autocatalítico que produz condições para um contínuo crescimento
de pite.
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Referências:
1.
[1] Monahan, E. C.; Spiel, D. E.; Davidson, K. L. "Em Oceanic
whitecaps and their role in air-sea exchange processes"; Monaham, E. C.;
Niocaill, G. M., eds.; D. Reidel Publishing: Dordrecht, Holland, 1986, p.
167-174.
2. [2]Castro L. M. 1997. Composição
e origem dos poluentes particulados numa atmosfera costeira. Dissertação de
doutoramento. Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro,
393 pp.
3. GENTIL,V. Corrosão. 3ª.ed. Rio de Janeiro:LTC,1996.
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