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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Como a maresia afeta o processo de corrosão



Maresia termo usado para referir o aerossol resultante do transporte pelo vento das gotículas de água salgada, formadas pela nebulização da água do mar em resultado da ação do vento sobre a crista das vagas e a rebentação das ondas.

Em resultado do transporte e dispersão pelo vento das gotas de água salgada formadas pela rebentação das ondas, ou pelo desfazer das vagas em situações de tempestade, formam-se gotículas de água do mar, que após evaporação durante o transporte atingem elevadas concentrações de sais minerais, particularmente de cloreto de sódio. Como os sais em geral não são solúveis no ar atmosférico, o transporte destas gotículas pelo vento, e depois o transporte dos cristais de sal formados pela sua evaporação, constitui o principal mecanismo de transporte aéreo da sais marinhos.

Corrosão



As partículas de água do mar trazidas com o vento, então em contato com objetos metálicos que são corroídos. Esse processo é acelerado pela presença dos íons na água do mar e nos evaporitos, que são micropartículas presentes no ar que apresentam sais. Esses íons fazem uma ponte salina, o que possibilita o fenômeno de oxirredução entre o oxigênio do ar e os metais.


Corrosão por cloretos 


Os íons Cl trazidos pela maresia, têm a propriedade de destruir de forma pontual a capa passivadora do ferro, o que provoca uma corrosão conhecida com o nome de píte.

FeCl2+2H2OàFe(OH)2+2H+2Cl


Os íons Cl, ao penetrarem na película que constitui a camada de passivação, provocam um aumento na condutividade iônica da película e ocasiona ataque anódico localizado com formação de pite.

O íons seriam adsorvidos na interface película de passivação-solução, baixando a energia interfacial, ocorrendo fraturas da película ou deslocamento da mesma.
No início, a formação do pite é lenta, mas uma vez formado, há um processo autocatalítico que produz condições para um contínuo crescimento de pite.

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Referências:


1.    [1]  Monahan, E. C.; Spiel, D. E.; Davidson, K. L. "Em Oceanic whitecaps and their role in air-sea exchange processes"; Monaham, E. C.; Niocaill, G. M., eds.; D. Reidel Publishing: Dordrecht, Holland, 1986, p. 167-174.

2.    [2]Castro L. M. 1997. Composição e origem dos poluentes particulados numa atmosfera costeira. Dissertação de doutoramento. Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro, 393 pp.


3.    GENTIL,V. Corrosão. 3ª.ed. Rio de Janeiro:LTC,1996.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Como a chuva ácida afeta o processo de corrosão



A água da chuva é naturalmente um pouco ácida, devido a presença de Co2 na atmosfera, que ao se dissolver na umidade atmosférica, gera o ácido carbônico.
O ácido carbônico é um ácido fraco que se ioniza parcialmente, portanto a água da chuva natural possui um pH ligeiramente ácido chegando a 5,6. Desta forma as chuvas ácidas são aquelas cujo pH é acentuadamente inferior a este valor (pH < 5).

Os dois ácidos predominantes na chuva ácida são o ácido sulfúrico (H2SO4) e o ácido nítrico (HNO3). A chuva ácida geralmente ocorre longe das fontes primárias de produção pois ela é o produto dos gases SO2 e NOx respectivamente (o x significa que poderemos ter diverso valores para este índice).

Ácido sulfúrico



Na escala global muito SO2 é produzido por vulcões, e decomposição de plantas, mas este tipo de poluição se situa geralmente longe de centros urbanos e é totalmente disperso. A maior fonte antropogênica (gerada pelo homem) de SO2 é a combustão do carvão, o qual possui uma média de 9% de enxofre, O carvão é usado para produzir eletricidade (usinas termoelétricas) e quando queimado gera SO2, O enxofre existe também no petróleo mas além de ser em pouca percentagem, em torno de 2%, é ainda mais reduzido nos principais produtos dele derivados como a gasolina. Podemos assim definir a origem da chuva sulfúrica. Inicialmente temos a queima de algum combustível que possua enxofre.

Ácido nítrico


Os gases poluidores que geram a chuva nítrica são o NO e o NO2, Estes gases são produzidos por combustões a altas temperaturas. O nitrogênio do ar se combina com o oxigênio também do ar a estas temperaturas formando ambos os óxidos.

Estas reações só se processam nas altas temperaturas dos motores a combustão interna ou processos industriais altamente exotérmicos pois é necessário se alcançar entre 1.300 °C e 2.500 °C de temperatura. A maior parte do nitrogênio se oxida a NO que é mais estável que o NO2, apenas 10% do nitrogênio industrial oxidado sai na forma de NO2 e 3% nos motores de combustão interna. Na atmosfera o NO é oxidado a NO2 pouco a pouco em reações complexas.


Corrosão

A precipitação ácida pode causar danos nos edifícios e estruturas expostas ao ar, com destaque para os edifícios históricos e monumentos, especialmente os construídos ou revestidos com calcários e mármores. Esse aumento da corrosividade resulta da reacção do ácido sulfúrico contido na precipitação com os compostos de cálcio contidos na pedra, formando gesso que é solubilizado ou se desagrega da estrutura:

CaCO3 (s) + H2SO4 (aq) CaSO4 (aq) + CO2 (g) + H2O (l)


 Saiba mais em>>Química





Referências:

Data de acesso:20/05/2015


[2]METHA, P.K.; MONTEIRO, P.J.M. Concreto: estrutura, propriedades e materiais. São Paulo-SP. Pini,1994.

sábado, 16 de maio de 2015

O que é SIMULINK?(MatLab)



SIMULINK é um programa utilizado para modelagem, simulação e análise de sistemas dinâmicos. O programa se aplica a sistemas lineares e não lineares, contínuos e/ou discretos no tempo.Utiliza uma interface gráfica com o usuário para construção dos modelos a partir de diagramas em blocos, através de operações de clique-e-arraste com o mouse. Com esta interface podem-se criar modelos da mesma forma que se faz com papel e caneta.
Ele resultado de uma longa evolução de pacotes de simulação anteriores que necessitavam a formulação de equações diferenciais ou de equações de diferenças em linguagens de programação. Inclui bibliotecas de blocos contendo fontes, visualizadores, componentes lineares, não lineares e conectores, com a opção de criação ou personalização de blocos. Após a definição do modelo, a simulação pode ser feita com diferentes algoritmos de resolução, escolhidos a partir dos menus do SIMULINK ou da linha de comandodo MATLAB.

 Os menus são particularmente convenientes para o trabalho interativo,enquanto a linha de comando tem sua utilidade na simulação repetitiva a qual se deseja somente mudar parâmetros. Usando osciloscópios (Scopes) ou outros visualizadores, têm-se o resultado gráfico da simulação enquanto esta, está sendo executada. Os resultados da simulação podem ser exportados para o MATLAB para futuro processamento ou visualização. As ferramentas de análise de modelos incluem ferramentas de linearização e ajuste(Trimming) que podem ser acessadas a partir da linha de comando do MATLAB, assim como várias ferramentas do MATLAB e suas TOOLBOXES específicas. Sendo o MATLAB e o SIMULINK integrados, pode-se simular, analisar e revisar os modelos em qualquer dos dois ambientes.


Aqui um curso para iniciantes a nível  intermediário:  https://go.hotmart.com/I9836445M

Com ele você aprenderá:

Os fundamentos do Simulink
Como criar um modelo
Adicionar e editar blocos
Apresentação de gráficos e soluções
Simulação de sistemas dinâmicos
Propriedade do modelo

Simples de utilizar e acompanhar
Disponibilizamos os modelos básicos para você

Referências:
[1]- James B. Dabney e Thomas L. Harman.Curso de SIMULINK 2.0  Modelagem, Simulação e Análise de Sistemas Dinâmicos. Laboratório de Engenharia Elétrica, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 1° Edição. Acesso em: 20/04/15 http://www.iem.unifei.edu.br/juliano/Download/Programas/simulink20.pdf

[2] F. Garcia e M. Ortigueira. Introdução ao Matlab e Simulink. Acesso em: 20/04/15 http://users.isr.ist.utl.pt/~mir/cadeiras/controlo0304/lab0_intro_matlab.pdf