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sexta-feira, 18 de julho de 2014

Como Foram Construídas as Pirâmides do Egito

Pirâmide de Quéops
Agradecimentos ao meu Amigo Francisco Roberto Quiumento, do blog SCIENTIA EST POTENTIA . Pela ajuda com disponibilização de material.

As Pirâmides do Egito, causam fascínio pela sua grandiosidade e principalmente pela época em que foram construídas. Principalmente a grande Pirâmide de Quéops(ou Khufu), a maior e mais antiga pirâmide do planalto de Gizé, com 146 metros de altura, ela foi a construção humana mais alta por quase 4 milênios, superada pela Catedral de Lincoln na Idade Média.
Catedral de Lincoln(1092)

Por tal fascínio, muitas pessoas(especialmente leigos no assunto!) acreditam que os egípcios, não teriam capacidade técnica para construir suas pirâmides. Mas é bom lembrar, que existe exemplos de pirâmides em muitos países, como Indonésia, México, Iraque, China. Como um sábio amigo uma vez me alertou, "não de crédito a teorias fantasiosas"(como a que diz que foram extraterrestres que as construíram), se elas estiverem certas terão que provar-se com evidências, e não por ignorância.



Indonésia
China

Infelizmente, os egípcios não deixaram registros escritos, de como construíram as pirâmides, então nós resta através de vestígios e estudos científicos, descobrir como conceberam tais obras. A relatos, mas eles se mostraram pouco confiáveis, e errôneos, como o do historiador grego Heródoto, que visitou o Egito no século V a.c, e obteve informações dos sacerdotes egípcios. Entre um dos principais enganos de Heródoto está em creditar a construção da Grande Pirâmide a escravos, visão essa descartada pelos egiptólogos, é improvável que existisse escravos naquela época, pois a sociedade consistia basicamente em camponeses.

"Impossibilitados de trabalhar nos campos durante três meses do ano por causa da inundação, esses homens estavam condenados à ociosidade nesse período. Assim, eles podiam trabalhar na construção das pirâmides sem que houvesse prejuízo para a prosperidade do país. O empenho que demonstravam nessa tarefa pode ser explicado pelo fato de que acreditavam que o faraó era um deus e ajudar a construir o seu túmulo era, antes de tudo, uma honra. Com esse trabalho asseguravam que o faraó abençoaria o povo do Egito com saúde e prosperidade, até mesmo depois que ele tivesse morrido. De um ponto de vista mais prático, é claro, também, que os salários extras ganhos na construção das gigantescas pirâmides complementavam a renda familiar."(O Fascínio do Antigo Egito)

Para suportar uma construção desse tamanho, o terreno deveria ser limpo, retirando todo o cascalho e areia, para que a obra assentasse no alicerce rochoso. E também que fosse nivelado, a precisão conseguida pelos egípcios, e demostrada na Grande Pirâmide,  na qual o perímetro da base tem um pequeno desvio de pouco mais de meia polegada com relação ao que seria um nivelamento absoluto.O emprego de canais na irrigação dos campos, desde muito antes da era das pirâmides, ensinou a gerações de egípcios as técnicas de nivelamento.

 Para nivelar uma área como a base de uma pirâmide — esclarece o egiptólogo
I.E.S.Edwards — deve ter sido necessário rodeá-la pelos quatro lados com montículos baixos de lodo do Nilo, preencher o fosso assim formado com água e cortar uma rede de regos na rocha, de tal maneira que o piso de cada sulco ficasse a uma mesma profundidade com relação à superfície da água; os espaços intermediários podiam, então, ser nivelados após a água ter sido liberada. Em outras palavras: enchia-se de água uma rede de sulcos escavados na rocha em toda a extensão das fundações e marcava-se na pedra as linhas da superfície da água (1); secavam-se os sulcos (2); talhavam-se as pedras que excedessem o nível marcado (3) e enchia-se os espaços vazios com pedras (4). Na prática efetiva — esclarece ainda I.E.S.Edwards — a área total coberta pela pirâmide não era sempre reduzida ao mesmo nível do perímetro; como mostra a Grande Pirâmide, um monte de rocha podia ser deixado no centro para ser usado em estágio posterior do trabalho de construção.

O transporte dos Blocos 


As pedreiras da onde se tirava os blocos de calcário e granito, para a construção das pirâmides, se encontravam a uma distância considerável. Mas ficavam as margens do Nilo, possibilitando seu transporte por via fluvial, utilizando balsas.
Fundamental Research on Matter.

Da margem do Nilo, a Grande Pirâmide(de Gizé) ficava bem próximo no tempo das inundações, muito mais do que é hoje. Facilitando assim a chegada dos blocos, a pirâmide. É bem provável, que eles colocassem os blocos em grandes trenós planos, e arrastassem na areia molhada, como o experimento feito(imagem ao lado) por uma equipe da University of Amsterdam.

Quando você tenta puxar um trenó desses com uma carga de 2,5 toneladas, ele tende a afundar na areia à frente dele, criando uma elevação que precisa ser removida regularmente antes que possa se ​​tornar um obstáculo ainda maior.

A areia molhada, no entanto, não faz isso. Em areia com a quantidade certa de umidade, formam-se pontes capilares – microgotas de água que fazem os grãos de areia se ligarem uns aos outros – o que dobra a rigidez relativa do material. Isso impede que a areia forme elevações na frente do trenó, e reduz pela metade a força necessária para arrastar o trenó.

 
Essa imagem mostra um dos trabalhadores molhando o caminho do trenó.

 Empilhando os Blocos


Depois de transportar os blocos de pedra, é hora de construir a pirâmide. Mas antes precisamos perceber, que o processo de construir pirâmides foi sendo aperfeiçoado com os anos, hoje se sabe de aproximadamente 100 pirâmides, nem todas elas se comparam a Grande pirâmide de Gizé.

A pirâmide em degraus, do Faraó Djoser, exemplifica bem esse processo de evolução das pirâmides.O material básico para sua construção foram pequenos blocos de pedra calcária, imitando blocos de adobe. A pirâmide de degraus do faraó Djoser é, certamente, a mais antiga estrutura de pedra talhada erguida pelo homem em todo o mundo.

Pirâmide de Djoser

Tem se também outro exemplo, a pirâmide "inclinada" do  faraó Snefru. A qual começou com um ângulo de 53° graus, e no meio do caminho passou-se para o ângulo de 47° graus, por causa da estabilidade. Esse ângulo passou a ser padrão para as pirâmides seguintes.

Pirâmide Torta, ou Pirâmide Refulgente do Sul
 
Visto que construir pirâmides, foi um processo que evoluiu com a experiência. Dediquemos agora a falar de como foi suspenso os enormes blocos de pedra. Primeiro tem que se notar, que o interior das pirâmides é feito de entulho, tendo só o entorno de pedra, como o engenheiro Peter James  propôs. Isso diminui a quantidade de blocos que se tem que elevar, além disso a maior parte da pirâmide fica na base 80%.

Entre as inúmeras hipóteses propostas para explicar como os egípcios elevaram os grandes blocos de pedra, está a de que eles usaram rampas. No começo, arqueólogos do século XIX, propunham uma imensa
rampa externa, mas tal hipótese é insustentável pela falta de evidências, e pelo fato que ela consumiria mais recursos que a pirâmide propriamente dita.

Foi então que o arquiteto francês Jean-Pierre Houdin, apresentou uma teoria, em que a rampa seria interna. Diminuindo o trabalho da construção de uma "mega rampa externa". Usando software, ele simulou como os blocos de calcário e granito que formam a pirâmide foram assentados. Segundo o arquiteto, isso explicaria por que a Câmara do Rei(túmulo do Faraó) tinha cinco tetos em vez de um.

Representação da teoria da rampa interna, onde há uma pequena rampa na base.


Para respaldar ainda mais a teoria de Houdin, Dr. Bui apresentou um escaneamento detalhado no qual foi medido a densidade da pirâmide afim de tentar detectar câmaras ocultas.


O resultado não revelou nenhuma câmara, mas o escaner mostrou um padrão curioso – a existência de uma estrutura vazia em espiral no interior da Grande Pirâmide – o que vai ao encontro da teoria da rampa interna de Jean-Pierre Houdin.
Dentro da Pirâmide, é bem provável que tenham usado um sistema engenhoso de transformar os cubos em cilindros, para facilitar sua subida e manobra. Vestígios desse aparatos foram encontrados nos arredores do planalto de Gizé.













Caso queira saber mais acesse>> Egito





terça-feira, 8 de julho de 2014

Curiosidade: Capilaridade

A água a esquerda tem afinidade pelo vidro,
e por isso sobe. Enquanto o Mercúrio não, e
por consequência a uma repulsa e ele
desce, e fica com a concavidade invertida. 


A capilaridade é a propriedade física, que os fluidos têm de subirem ou descerem em tubos extremamente finos. Essa ação vence até mesmo a gravidade. Se um tubo que está em contato com esse líquido for fino o suficiente, a combinação de tensão superficial, causada pela coesão entre as moléculas do líquido, com a adesão do líquido à superfície desse material, pode fazê-lo subir por ele. Esta capacidade de subir ou descer resulta da capacidade de o líquido "molhar" ou não a superfície do tubo.
"Capilaridade é a subida (ou descida) de um líquido através de um tubo fino, que recebe o nome de capilar. Esse fenômeno é resultado da ação da interação das moléculas da água com o vidro (considerando que o tubo é de vidro). Essa interação depende de alguns parâmetros como o diâmetro do tubo (quanto mais fino, maior a aderência), o tipo de líquido e sua viscosidade, que, por sua vez depende da temperatura (mais quente, menos viscoso)."
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O que faz com que ela - a água - suba é o seguinte: a molécula do tubo que está imediatamente acima da superfície do líquido atrai o líquido que começa a subir alinhando-se a essa molécula que o atraiu. Quando isso acontece, a molécula imediatamente acima começa a atrair o líquido e o ciclo se repete.



No caso da capilaridade, a tensão ocorre tanto pela interação entre as moléculas de água na superfície, como entre as moléculas de água e a parede interna do capilar. Ou seja, existe uma interação entre as moléculas do líquido com a parede interna do tubo. Desse modo, o líquido fica "grudado" na parede do tubo.
As moléculas de água sobem pelo tubo graças à adesão, que é a interação das moléculas do líquido com a parede do tubo – isso quer dizer que as moléculas de água estão bem aderidas à parede do tubo. Além disso, a interação das moléculas de água entre si que é responsável pela coesão, faz com que a coluna de água preencha todo o capilar. É como se uma água puxasse a outra para ficarem juntas. E essa coluna de água continuará subindo até que ocorra um equilíbrio de forças, promovido pela ação da gravidade na superfície.

Por que ocorre a concavidade?




A superfície de um líquido colocado em um recipiente tem certa curvatura nas 
proximidades das paredes, isto é, onde as forças de interação entre as moléculas do 
líquido e as do recipiente desempenham um importante papel. No restante do líquido, 
a superfície é plana por efeito da interação gravitacional. Contudo, a influência das 
paredes do recipiente se estende a toda a superfície livre do líquido quando ela não é 
grande como, por exemplo, quando o líquido está em um tubo estreito. 

Um tubo pode ser considerado estreito e pode ser chamado de tubo capilar 
quando seu raio interno é da mesma ordem que o raio de curvatura da superfície livre 
do líquido que contém. Os fenômenos em tais tubos são chamados fenômenos de 
capilaridade. Além disso, como os capilares são caracterizados pela curvatura da 
superfície do líquido no seu interior, a influência da pressão de Laplace é a maior 
possível. Um resultado direto dessa pressão é a ascensão do líquido no capilar. 

Consideremos um tubo capilar imerso em um amplo recipiente com um líquido 
que molha suas paredes. O líquido penetra no tubo, forma um menisco 
côncavo e fica sob o efeito da pressão de Laplace: 

P= 2Y/Ro

Nesta expressão, γ é o coeficiente de tensão superficial do líquido e ro é o raio 
de curvatura do menisco. 

Onde ocorre esse fenômeno?


O mesmo que ocorre com o guardanapo, acontece com tijolo e
materiais porosos. 

Você já vivenciou esse fenômeno de algum modo, mas talvez não se lembre ou não tenha percebido. Faça o seguinte: derrame um pouco de água sobre uma superfície lisa, peque um guardanapo de papel e segure-o de modo que apenas sua ponta mergulhe na poça. Observe como a água vai "subindo" para o guardanapo e a poça diminuindo. Veja que o fenômeno de capilaridade não está restrito aos tubos de vidro, acontece também com guardanapos.


Nas plantas, a capilaridade atua no deslocamento da seiva bruta, desde 

as raízes, onde ela é absorvida do solo,

 até o topo das árvores.
Nas árvores, é com a capilaridade que as plantas conseguem conduzir água e nutrientes desde sua raiz até as folhas. Nos dias quentes, as plantas perdem água pelos poros de suas folhas.

Para observar um pouco do mecanismo de capilaridade pode ser feita uma experiência com flores brancas e corantes alimentícios. Basta fazer uma mistura de água com bastante corante (de preferência nas cores azul ou vermelha) e mergulhar as hastes das flores brancas nessa solução (como num jarro de flores). Depois de alguns minutos, essas flores ganharão a cor do corante em que foram submersas. Isso ocorre devido ao fenômeno de capilaridade, que faz com que a água corada seja conduzida até as pétalas das flores, colorindo-as também.



Um ótimo vídeo explicando o fenômeno





Para dominar ainda mais o assunto acesse: Química

Fontes:

1.Uol educação, capilaridade. http://educacao.uol.com.br/disciplinas/quimica/capilaridade-a-passagem-natural-do-liquido-por-um-tubo-muito-fino.htm


2.Grupo de Ensino de Física da Universidade Federal de Santa Maria, Capilaridade. http://coral.ufsm.br/gef/Fluidos/fluidos25.pdf


3.Bioqmed, Capilaridade, experiências. http://www2.bioqmed.ufrj.br/ciencia/Cravo/cravo.htm


4.Wikipédia, a enciclopédia livre. Capilaridade. http://pt.wikipedia.org/wiki/Capilaridade


5.Infoescola, Capilaridade. http://www.infoescola.com/fisica/capilaridade/